23 December 2008
21 December 2008
Da dura poesia concreta
Tomorrow I fly back home to England. This won´t be my last post as I may get time before my flight tomorrow and I am going to process some of the information I have collated when I get back (animating my sand settlements for example). I thought it was important to say something about my relationship with the grey lines I have come to love before I leave. Floating amongst the different emotions in my head is an air of clarity, a satisfaction that I feel I have at least attempted to try and understand this busy, confusing and chaotic city. When I draw in a place I am trying to decipher the language of its angles, its architectural vocabulary translated into line and tone. I have realised whilst here that don´t think I could draw this way in London.
There is a song by Caetano Veloso called ´Sampa´ that describes how it feels to arrive and not understand the city, ´the simple concrete poetry of (your) corners´. I cannot find a good English translation so I will post the original, hope that you understand it and l will try and get a friend to translate it for me tonight.
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas
Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos mutantes
E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E quem vende outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso
Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços
Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva
Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba
Mais possível novo quilombo de Zumbi
E os novos baianos passeiam na tua garoa
E novos baianos te podem curtir numa boa
18 December 2008
17 December 2008
16 December 2008
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